“...Estamos presos, diante de Deus, pelo magnetismo divino, tanto quanto as estrelas que se imantam umas às outras, no império universal...” Matilde. Livro Libertação de André Luiz e Chico Xavier.
Apesar do magnetismo ser tão velho como a própria Terra e os seres se utilizarem dele desde o princípio da humanidade para diversos fins, foi Mesmer (1779) quem mais chamou atenção inicialmente, para a questão do magnetismo, com alguns pontos abordados abaixo:
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A influência dos astros uns sobre os outros e sobre os corpos animados;
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O fluído universal é o agente desta influência;
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Esta ação recíproca está submetida a ação mecânica;
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Os corpos gozam de propriedades análogas às do imã;
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Estas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados; e
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A moléstia é a resultante da falta ou desequilíbrio na disfunção do magnetismo pelo corpo.
Segundo o Dicionário de Português Online Michaelis, Magnetismo Animal é a força que se supõe existente nos seres vivos, mediante a qual se produzem nos corpos vivos, especialmente no homem, fenômenos de ordens diversas, por meio de um fluido que emanaria do magnetizador sob controle da sua vontade.
No Livro dos Médiuns, capítulo XIX, Kardec pergunta aos espíritos superiores:
“Por que é que nem toda gente pode produzir o mesmo efeito e não têm todos os médiuns o mesmo poder?
Isto depende da organização e da maior ou menor facilidade com que se pode operar a combinação dos fluidos. Influi também a maior ou menor simpatia do médium para com os Espíritos que encontram nele a força fluídica necessária. Dá-se com esta força o que se verifica com a dos magnetizadores, que não é igual em todos. A esse respeito, há mesmo pessoas que são de todo refratárias; outras com as quais a combinação só se opera por um esforço de vontade da parte delas; outras, finalmente, com quem a combinação dos fluidos se efetua tão natural e facilmente, que elas nem dão por isso e servem de instrumento a seu mau grado, como atrás dissemos.”
No livro A Gênese, de Allan Kardec, capítulo XIV – Os Fluidos, item 33, o autor discorre sobre a ação magnética descrevendo:
“A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
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pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;
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pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;
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pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece.
Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.”
Segundo a apostila da FEB “Estudo sobre o passe”, “Passe é uma transmissão conjunta, ou mista, de fluidos magnéticos – provenientes do encarnado – e de fluidos espirituais – oriundos dos benfeitores espirituais, não devendo ser considerada uma simples transmissão de energia animal “
Citação de Michaelus no excelente livro “Magnetismo Espiritual” da FEB: “[...] a virtude magnética, que residia em grau incomparável em Jesus, existe em grau inferior em todos os homens. E cada vez que o magnetizador impõe suas mãos, sai dele uma virtude.”
O magnetismo é parte integrante de nossas vidas, o externamos com o pensamento e a vontade, e ele é largamente utilizado através da imposição de mãos no momento do passe.
Artigo de Carlos A. V. Carvalho CAEB